Aqueles que dizem que futebol e política não se misturam devem estar perdidos atualmente. As manifestações que vêm ocorrendo em diversas regiões do Brasil pela democracia e contra o racismo nos mostram que, de fato, futebol e política se misturam sim e que é isso precisa acontecer. Ao vermos torcidas organizadas de diferentes times se juntando para promover uma manifestação pacífica, fica nítido que podemos fazer um resgate da própria essência do que são estas torcidas organizadas. Muito além de serem marginalizadas e colocadas como facções criminosas, pela imprensa, governos (de modo geral) e diretores de diversos clubes, as organizadas vêm desempenhando um papel com cunho social, muito mais altruísta e benevolente, do que os próprios políticos, que ao invés de retirar os 7% de maus elementos, preferem manter-los e instaurar o caos, com o simples objetivo de acabar com estas organizações.
É de extrema importância ver o posicionamento dos jogadores dentro deste contexto, especialmente os líderes e as referências. Dudu, Jaílson, Luiz Adriano e até mesmo Gabriel Veron, vieram a público externar o apoio ao movimento #BlackLivesMatter que reprime atitudes racistas, antidemocráticas e que tais atitudes não podem se perpetuar no âmbito esportivo.
A ligação entre futebol e política precisa se mostrar presente para que o combate ao racismo seja cada vez mais visível. Temos exemplos crassos no leste europeu e até mesmo na Itália de situações racistas gritantes que ocorrem até os dias de hoje. É necessário que existam atitudes políticas dentro e fora do futebol para que episódios como estes sejam extintos.
O Palmeiras, que foi criado por imigrantes italianos operários, tem em sua história, traços de um time revolucionário. E quem discordar desta afirmação factual, deve estudar. Pode perguntar para o qualquer historiador, conhecedor de Palestra Itália, que eles irão afirmar categoricamente. Confira a manifestação do Palmeiras em relação ao racismo.
FORZA PALESTRA